Como a luz azul afeta a pele

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Que a radiação solar é agressiva para a pele tanto do rosto quanto do corpo, não é nenhuma novidade. Muito se fala sobre os malefícios da exposição solar excessiva, do envelhecimento precoce e das queimaduras e doenças derivadas do sol. Porém, ele não é o único responsável por isso: hoje, vamos falar sobre a luz azul

O que é a luz azul

Para começar, precisamos entender o que é luz azul. Partindo para o “tecniquês”, a luz azul é um intervalo no espectro da luz visível, que está na faixa de comprimento de onda entre 380 mm e 500 mm. Em resumo, ela é uma parte da luz que conseguimos ver e que é emanada por dispositivos que usamos no nosso dia a dia. 

Segundo a dermatologista e pesquisadora Flávia Addor, essa luz está presente nas fontes artificiais como tablets, celulares e telas de computador, mas não só: ela também é encontrada na radiação solar, com muito maior intensidade. E nós já conversamos aqui sobre como precisamos nos proteger dos raios solares, não é?  

A principal questão neste tema é: afinal, a luz azul faz mal? “A luz azul é uma parte da luz visível, sendo reconhecida como a de maior interação com os olhos e pele”, explica a dermatologista. Isso significa que, dentre todos os espectros visíveis, o azul é que mais atinge o nosso rosto e pode ter consequências a longo prazo. 

Como a luz azul afeta o organismo

A luz azul não é necessariamente a pior coisa do mundo. Em poucas doses, ela pode ter um efeito positivo, pois eleva o humor e ajuda nas funções de memória. Porém, em uma sociedade hiperconectada como a nossa, ficar na frente das telas é uma das coisas que mais está presente no cotidiano, e aí está o problema. 

Por ter maior ação com a pele, o excesso de luz azul pode causar malefícios diretos. Ela penetra profundamente nas camadas de pele e provoca alterações no nosso sistema a nível celular. Por exemplo, ela afeta diretamente as células de pigmentação, resultando em manchas e melasma. 

Também é responsável por estimular a produção de radicais livres, e a gente já sabe o que acontece, né? Isso mesmo: o envelhecimento da pele, com acentuação das linhas de expressões e rugas. Isso acontece porque ela interage com o colágeno, alterando suas fibras e degradando a produção. Ninguém merece, né?

Em outro aspecto, a luz azul também pode ser prejudicial aos olhos. Ela pode ser tóxica às células fotorreceptoras da retina, o que aumenta o risco de alterações similares a degeneração macular, com consequente perda de visão. Também a claridade excessiva inibe a secreção de hormônios responsáveis pelo ciclo sono/vigilia. 

Inclusive, a maioria dos celulares atuais têm uma opção nativa que filtra o efeito da luz azul na tela, justamente por ela ter esse fator prejudicial. Para encontrá-lo, basta arrastar o menu para baixo, ali onde tem a lanterna, o Wi-Fi e todas as funcionalidades, e selecionar o ícone Filtro Luz Azul. Pronto!

Cuidado redobrado

Agora que você já sabe o que a luz azul pode causar, é hora de aprender como evitá-la. Por ser um espectro que está em fontes artificiais, nos deparamos com ela todos os dias e quase o tempo todo. Para ler este texto, por exemplo, você está exposta ou no celular, ou no computador. E quanto mais perto da pele, maior a exposição.

“Mas espera aí, luz azul saindo da tela? Aonde isso? Aqui só tem luz branca!”. Se você ainda tem dúvidas, vamos explicar o que é a luz branca: trata-se de todo tipo de luz que o olho humano consegue ver, e dentro dela, tem inúmeros espectros – como a luz azul, luz amarela e muitas outras. 

Por isso, toda luz pode ser potencialmente perigosa para a nossa pele. Isso significa morar dentro de uma caverna daqui pra frente? Claro que não. Existem medidas protetoras que você pode adotar no seu dia a dia, visando diminuir o contato direto e prolongado com as radiações nocivas. 

“Toda medida de proteção solar quando exposta a radiação é válida, como óculos, chapéus e roupas, sobretudo as com FPU (Fator de Proteção Ultravioleta). Em casa, as fontes artificiais emitem pouca radiação, mas por muitas horas, também têm efeito nocivo, sobretudo se muito próximas da face”, exemplifica a dra. Flavia. 

Para quem está no home office ou trabalha diretamente com telas o dia inteiro, a dermatologista traz uma dica especial: base para o rosto. Segundo ela, essas formulações com efeito base ajudam nessa proteção pois cobrem a pele e não deixam a luz passar, diminuindo a sua agressão no rosto. 

Proteção dentro e fora

Cuidar da pele a todos os momentos é essencial para a sua saúde e beleza. A prevenção colabora para a desaceleração do envelhecimento precoce, mas também, te ajuda a ter um sono melhor, um humor mais tranquilo, um ritmo de vida descansado e saudável. 

Por isso, além dessas dicas que demos aqui, fica o questionamento: será que é necessário ficar tanto tempo na frente das telas assim? Nós sabemos que não é fácil se desligar, mas que tal deixar o computador e celular apenas para o trabalho, ou então estipular um horário para deixá-los de lado? 

Para se ter uma ideia, oito horas de luz artificial equivalem a 1 minuto e 20 segundos de exposição solar em um dia claro de verão”, comenta a dermatologista Flávia Addor. Parece pouco, mas basta calcular essa intensidade e frequência todos os dias para ver que a exposição é grande. 

Repensar os nosso hábitos é importante para repensar a nossa saúde e beleza. Por isso, lembre-se que cuidar de você é cuidar de dentro para fora e de fora para dentro. Proteger a sua pele da luz azul e garantir uma boa noite de sono é um cuidado que você de hoje oferece para você de amanhã. Por isso, cuide-se!

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