Microbioma da pele: o que é e sua relação com cosméticos

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Você conhece o microbioma da pele? Formado por bactérias, fungos e vírus, que têm a função de proteger a pele, como se fosse uma barreira, esse é o microbioma, essencial para nossa saúde.

E, para explicar mais sobre o assunto, convidamos a Juliana Flor, gerente técnica LATAM na DSM, que contou sobre a importância dele, sua relação com cosméticos e também as diferenças entre o conceito de microbioma e microbiota.

Ficou com curiosidade para conhecer melhor o microbioma da pele? Então confira tudo a seguir.

O que é o microbioma da pele?

Segundo Juliana Flor, a nossa pele tem um ecossistema que, com suas bactérias, fungos e vírus, protegem a região, sendo chamado de microbioma. 

Já quanto aos termos microbioma e microbiota, ela comenta que eles normalmente são utilizados como sinônimos. “Em algumas situações, o termo microbioma é usado de uma forma mais ampla e microbiota para situações mais específicas como, por exemplo, uma determinada região do corpo”, completa.

Se o microbioma da pele é tão importante, por que é tão pouco falado?

Até pouco tempo atrás, de acordo com Juliana, não se conhecia o microbioma da pele. “Graças a um projeto global, chamado Microbioma Humano, que desvendou toda a complexidade de micróbios que nos acompanham dia a dia, foi possível identificar mais de 500 espécies diferentes que vivem na nossa pele.”

Foi a partir de então, ela acrescenta, que começaram os estudos para entender qual a função de cada um destes microorganismos, como eles vivem, qual é o equilíbrio ideal entre eles, etc. 

“A cada dia novas descobertas sobre o microbioma da pele são feitas e com isso o termo vem ganhando mais força no mercado cosmético. Podemos perceber que o desenvolvimento e o lançamento de formulações com foco no microbioma da pele vem crescendo nos últimos anos e certamente crescerá ainda mais.”

A importância de ter equilíbrio no microbioma

“Quando o microbioma da nossa pele está em desequilíbrio, diversos tipos de problemas cutâneos podem aparecer, como ressecamento, sensibilidade, vermelhidão e acne. Manter o microbioma em harmonia é extremamente importante para evitar o surgimento destes problemas e manter uma pele saudável”, comenta Juliana.

Além disso, ela diz que o microbioma da pele pode ser afetado por vários fatores, como a má alimentação, hábitos de higiene e banho, uso de cosméticos, sabonetes e produtos que removem as bactérias boas ou causam algum tipo de reação à pele. 

“Quando ocorre a redução da população ou alteração da diversidade e balanço no microbioma da pele, bactérias, fungos e vírus que causam infecções e outras doenças podem se instalar e proliferar. Por isso manter o equilíbrio do microbioma da pele é tão importante”, completa.

O microbioma da pele e os cosméticos

Uma vez que os cosméticos afetam diretamente o microbioma da pele, perguntamos para Juliana como ocorre esse processo.

“Assim como na indústria de alimentos, que desenvolve produtos com foco no equilíbrio e na promoção de bactérias saudáveis dentro do corpo, a indústria de cosméticos está cada vez mais focada no desenvolvimento de produtos que promovam o equilíbrio do microbioma da pele.”

E ela acrescenta ainda que um grande desafio da indústria cosmética é entender como os cosméticos podem agir para não desequilibrar a flora cutânea ou como eles podem agir a favor do microbioma da pele. 

“Alguns ativos cosméticos, por exemplo, são capazes de restaurar o equilíbrio do microbioma de peles secas ou oleosas, levando a uma melhora das condições destes tipos de pele.”

A tecnologia dos cosméticos está a favor do microbioma da pele

Atualmente, a indústria cosmética já trabalha muito bem com prebióticos, que são ingredientes que servem como alimentos para as bactérias boas que vivem em nossa pele, estimulando seu crescimento e atuando na proteção da pele, conta Juliana.

Por outro lado, ela acrescenta, o uso de probióticos, que é o uso de bactérias e fungos vivos, ainda é um desafio nesta indústria, já que praticamente todos os cosméticos precisam de um conservante para proteger o produto durante seu prazo de validade. E, como consequência, estes conservantes podem matar os probióticos, que são adicionados ao produto cosmético. 

“No futuro, as inovações cosméticas vão focar em soluções que incluem fórmulas com prebióticos e probióticos, para que, juntos, atuem na manutenção do equilíbrio do microbioma, ou para que juntos eles restaurem o microbioma de peles que apresentem problemas.”

Além disso, Juliana destaca que a crescente preocupação com o meio ambiente também é um ponto importante dentro do tema do microbioma da pele. Neste caso, o desenvolvimento de ativos naturais que mantenham ou restaure o microbioma da pele terão ótimas oportunidades dentro do mercado de cosméticos.

Fique sempre de olho no que é melhor para sua pele

Como existem diferentes tipos de pele, e cada indivíduo possui uma identidade microbiota única, Juliana conclui dizendo que isso se torna uma ótima oportunidade para, no futuro, fornecer diagnósticos personalizados a cada consumidor e, assim, oferecer produtos e tratamentos que atendam às necessidades específicas de cada um.

Dessa forma, é sempre importante ficar de olho no que cada cosmético oferece, para que você mantenha a saúde da pele sempre em primeiro lugar.

Então, o que achou de conhecer mais sobre o microbioma da pele? Comente se você já tinha ouvido falar nele e, se ficou alguma dúvida, para que possamos solucionar em posts futuros.

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