Dermatite atópica: o que é e como tratar?

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A dermatite atópica é uma doença que incomoda tanto adultos quanto crianças. Conversamos com a médica dermatologista Helen Gil e preparamos este artigo para ajudar a entender quais são os principais sintomas e os tipos de cuidados que devem ser tomados. 

O que é dermatite atópica? 

Talvez você ainda não saiba o que é dermatite atópica. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 25% das crianças e 7% dos adultos brasileiros sofrem desse problema. Trata-se de uma doença de pele bastante comum e que pode aparecer em pessoas de diferentes idades.

A dermatite atópica é um tipo de doença de pele crônica. “A causa é genética e multifatorial, e a pessoa nasce com alterações no sistema imunológico e na barreira cutânea”, explica a médica Helen Gil. 

Como identificar a dermatite atópica? 

Além da aparência que deixa na pele, a dermatite atópica é um tipo de problema de pele caracterizado por uma coceira bastante incômoda, ressecamento, feridas e infecções de pele recorrentes. As lesões têm padrões específicos e variam conforme a idade da pessoa. 

A boa notícia é que o diagnóstico dessa doença de pele é relativamente simples, já que ela normalmente vem acompanhada de alguns outros problemas. “É comum que pacientes portadores de dermatite atópica também apresentem asma, rinite, entre outras condições alérgicas”, diz a doutora.

Sobre os sintomas de dermatite atópica nas crianças: dos 3 meses aos 2 anos de idade, as lesões são predominantes no rosto, pescoço e couro cabeludo. Dos 2 aos 12 anos, as inflamações surgem mais nas regiões de dobra dos braços e nos joelhos. 

Agora, em crianças acima de 12 anos e adultos, a doença se manifesta nos punhos, no dorso das mãos e no pescoço. Já a dermatite atópica no rosto aparece, principalmente, nas pálpebras inferiores.

A dermatite atópica tem tratamento?

 E agora você deve estar se perguntando: “Dermatite atópica tem tratamento? Existe alguma forma de se livrar totalmente desse problema que é tão desagradável?”. Infelizmente, a resposta para essa pergunta é que não existe um tratamento completo. 

Trata-se de uma doença crônica que não tem cura completa e acompanha a pessoa durante toda a sua vida. Mas calma que nem tudo está perdido! É, sim, possível controlar a coceira e reduzir significativamente as manchas. 

 Isso porque além da questão genética, que é inevitável, o contato com materiais como sabões, amaciantes, roupas sintéticas ou de lã, produtos químicos em geral, condições extremas de temperatura e estresse emocional também servem de gatilho para que as inflamações piorem.

 Então, para que se possa evitar todas as possíveis causas, o tratamento é dividido em três fases:

 Identificar e suspender imediatamente o uso de produtos que causam irritações ou alergias. “Na dermatite atópica de difícil controle, após o aparecimento de lesão induzida por algum irritante químico, a recomendação é que o paciente se mantenha afastado dessas substâncias”, explica a dermatologista;

  1. Hidratar a pele adequadamente com cremes e pomadas. Mas atenção: em quem a doença já apareceu, deve-se fugir das opções de cremes e pomadas que contenham ureia, corantes e perfumes em sua composição,
  2. Em casos mais extremos, fazer o controle com medicamentos específicos, receitados por médicos especialistas.

 Embora não exista uma cura propriamente dita, é possível, sim, conviver com a dermatite atópica. Pode parecer complicado no começo, mas seguindo esses passos direitinho fica bem mais fácil lidar com a doença. 

Então a dermatite retorna? 

Mesmo depois de passar pelo tratamento, ainda é preciso tomar alguns cuidados diários para que os sintomas demorem a reaparecer. Mas não se preocupe: pequenos hábitos podem ser grandes aliados na hora da prevenção.

 O primeiro passo é continuar usando e abusando dos produtos hidratantes, como cremes e séruns. “Sua principal ação é restabelecer a barreira protetora da pele, evitando, assim, a perda exagerada de água”, explica a médica. 

Essa camada mais superficial da nossa pele também funciona como uma espécie de escudo que diminui o contato direto com substâncias e materiais que possam vir a causar as alergias.

Confira essas últimas dicas para a sua pele

   Também existem outras dicas super importantes, como: beber bastante água, vestir roupas leves e evitar temperaturas muito extremas inclusive no banho, que não deve ser nem muito quente, nem muito frio.

Para finalizar, é sempre muito importante lembrar que consultar regularmente uma médica dermatologista é a melhor opção caso algum desses sintomas apareça. Combinado? 

 Dra. Helen Gil – CRM 177232-SP

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