A Dermatilomania, também conhecida como Transtorno de Escoriação, é um distúrbio psicológico caracterizado pela compulsão em arrancar, cutucar, coçar ou espremer a pele, resultando em danos físicos significativos.
Embora seja um problema que afeta muitas pessoas, a dermatilomania ainda é pouco conhecida e subdiagnosticada. A seguir vamos te ajudar a entender mais sobre esse assunto explicando o que é a dermatilomania, suas causas e como pode ser tratada. Continue a leitura e veja mais.
O que é dermatilomania?
A dermatilomania é uma condição mental que pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua idade ou gênero. É mais comum em mulheres e pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, no entanto é mais frequentemente encontrada no rosto, braços e mãos.
Muitas vezes a dermatilomania é confundida com acne, eczema ou outras condições de pele, o que pode atrasar o diagnóstico e tratamento adequados.
Os sintomas da dermatilomania incluem a necessidade de cutucar ou espremer a pele, mesmo que isso cause dor ou sangramento. Essa compulsão pode levar a feridas, cicatrizes e infecções na pele, o que pode afetar negativamente a aparência e a autoestima da pessoa. Algumas pessoas com dermatilomania também possuem ansiedade, depressão e outros problemas emocionais.
O que causa dermatilomania?
As causas exatas da dermatilomania ainda não são totalmente compreendidas, mas é provável que seja causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos.
Porém é compreendido que a dermatilomania pode estar relacionada a um desequilíbrio químico no cérebro, enquanto outros acreditam que pode ser uma resposta a situações estressantes ou traumáticas.
Algumas pessoas com dermatilomania também relatam uma sensação de alívio ou prazer ao arrancar a pele, o que pode estar relacionado à liberação de endorfinas no cérebro.
Como diagnosticar?
O diagnóstico da dermatilomania é muitas vezes difícil, pois os sintomas podem ser confundidos com outras condições de pele. Um médico pode fazer o diagnóstico com base em uma avaliação cuidadosa dos sintomas e histórico médico da pessoa.
Em alguns casos, um dermatologista pode ser capaz de diagnosticar a dermatilomania, especialmente se a pessoa tem lesões crônicas de pele. É importante lembrar que a busca por auxílio médico é essencial para conseguir tratá-la de forma correta antes de causar maiores danos na sua derme.
Tratamentos para dermatilomania
O tratamento da dermatilomania geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui terapia comportamental e medicamentos. A terapia comportamental é uma abordagem psicológica que ajuda as pessoas a mudar seus pensamentos e comportamentos prejudiciais.
Os terapeutas podem ensinar habilidades de relaxamento, estratégias de enfrentamento e outras técnicas para ajudar as pessoas a controlar seus impulsos de cutucar a pele.
Os medicamentos também podem ser úteis no tratamento da dermatilomania. Os antidepressivos, em particular os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), são frequentemente prescritos para ajudar a reduzir os sintomas.
Esses medicamentos podem ajudar a equilibrar os produtos químicos do cérebro e reduzir a ansiedade e a compulsão de arrancar a pele. No entanto, é importante lembrar que a medicação não é uma cura para a dermatilomania e deve ser usada em conjunto com a terapia comportamental.
Outra opção de tratamento é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda as pessoas a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos que contribuem para a dermatilomania. A TCC pode ajudar a melhorar a autoestima e reduzir a ansiedade e o estresse, o que pode ajudar a controlar a compulsão de arrancar a pele.
Algumas pessoas com dermatilomania também encontram alívio em técnicas de relaxamento, como meditação, ioga e exercícios de respiração. Essas técnicas podem ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse, o que pode ajudar a controlar a compulsão de arrancar a pele.
Além disso, é importante cuidar da pele afetada pela dermatilomania. Isso inclui manter a pele limpa e hidratada, usar curativos ou adesivos para cobrir as lesões e evitar produtos químicos ou cosméticos que possam irritar a pele. Também é importante evitar o contato com pessoas que podem desencadear a compulsão de arrancar a pele, como aquelas que fazem comentários negativos sobre a aparência da pele.
Embora a dermatilomania possa ser uma condição difícil de lidar, é importante lembrar que existem opções de tratamento disponíveis. Se você suspeitar que tem dermatilomania, é importante procurar ajuda médica para obter um diagnóstico e tratamento adequados. Com o tratamento adequado, muitas pessoas são capazes de controlar seus sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
É importante lembrar que a dermatilomania não é uma escolha ou um hábito que pode ser facilmente quebrado. É uma condição psicológica real que requer tratamento profissional. Se você conhece alguém que pode estar sofrendo de dermatilomania, é importante apoiá-lo e encorajá-lo a procurar ajuda médica. Juntos, podemos ajudar a aumentar a conscientização sobre a dermatilomania e reduzir o estigma associado a essa condição.
Cuide de você
A dermatilomania é um transtorno que pode afetar a qualidade de vida e a autoestima de quem sofre com ele. Se você se identifica com os sintomas, é importante buscar ajuda profissional para lidar com essa condição.
Cuidar de si mesmo e ter um bom relacionamento com a sua pele é fundamental para manter a saúde mental e física. Lembre-se de que o tratamento envolve mudanças de comportamento, mas que o caminho pode ser longo e gradual.
Não se sinta envergonhado em buscar ajuda de um dermatologista, psicólogo ou psiquiatra, eles estão aptos para ajudá-lo a lidar com a dermatilomania e outros transtornos relacionados.
Aprender a identificar os gatilhos e buscar outras formas de lidar com a ansiedade pode ser uma forma eficaz de lidar com o transtorno. Lembre-se sempre de que você não está sozinho e que a busca por ajuda é um passo importante em direção ao bem-estar.
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